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professoresTeve início hoje, 4/9, a capacitação de professores da rede estadual para que possam incluir a temática ‘violência doméstica e familiar contra a mulher’ em sala de aula. Essa primeira turma, com total de 20 horas/aula, tem cerca de 60 participantes.

Os professores aprovaram o projeto da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), e disseram que muitos alunos levam esse tipo de problema para a escola.

“Tenho uma aluna que a mãe dela sofreu violência doméstica e noto que ela é muito calada e introspectiva por conta disso. Quando comecei a dar aula, ela tinha medo de mim porque ela tem medo de qualquer homem. Todos meus alunos, sem exceção, têm uma história de violência doméstica para contar. Então, eu vejo o curso como uma ferramenta para nos ensinar a lidar com essa situação. Espero que tenhamos uma orientação prática”, disse o professor Luiz Ricardo Costa, da Escola Luiz Guimarães, no Povoado Apicum, em São Cristóvão.

A Juíza Coordenadora da Mulher do TJSE, Adelaide Moura, aproveitou o momento para conversar com os professores e incentivá-los a mostrar que é possível encontrar soluções que minimizem o problema da violência contra a mulher. “O mais nobre papel é o do educador, do professor, porque é formador de opinião e transmite valores que são inerentes à família”, destacou a Magistrada.

O curso foi aberto pelo Secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas. “Temos excelentes leis, mas isso não basta. É preciso conhecê-las e fazer uma discussão ampla com a sociedade”, enfatizou. Já Maria Teles dos Santos, Secretária Especial de Políticas Públicas para Mulheres no Governo de Sergipe, disse que o curso é um grande passo para institucionalizar a tão sonhada intersetorialidade. “Vamos transportar para além das paredes esse debate sobre um tema tão importante”, acrescentou Maria Teles.

O Secretário de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, Luiz Eduardo Alves de Oliva, lembrou que o Brasil tem péssimos índices de violência contra a mulher. “Cerca de 70% das mulheres vítimas de violência conheciam o agressor. Um curso desse porte permite a ampliação detalhada da Lei Maria da Penha e de como funciona a rede de estrutura nesse sentido”, disse Luiz Eduardo Oliva.

A diretora do Departamento de Educação da Seed, a professora Maria Izabel Ladeira, viabilizou o curso. “Avaliamos o tema como importante porque essa questão da violência contra a mulher está se tornando cada vez mais séria. Precisamos passar para os nossos alunos valores diferentes do que eles geralmente aprendem na comunidade em que vivem, como também mostrar o caminho da Justiça”, opinou Maria Izabel.

A palestra de hoje foi ministrada pela professora mestre Catarina Oliveira, do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Sergipe. “Esse curso é fundamental, especialmente nesse momento em que vivemos um grande gargalo em relação à mulher enquanto vítima de uma violência no espaço doméstico. Os estudantes também acabam sendo vítima e isso se repercute no ambiente escolar. Então, é fundamental preparar os professores para essa realidade que não pode ser omitida. O professor, de certa forma, tem que dar respostas, pela via da informação”, opinou Catarina.

A Resolução que inclui conteúdos programáticos e atividades que falem sobre diretos da mulher no currículo escolar das escolas públicas e particulares de ensinos fundamental e médio de Sergipe foi aprovada pelo Conselho Estadual de Educação no dia 28 de fevereiro de 2013 e publicada no Diário Oficial no dia 5 de março, quando entrou em vigor.

Fonte: Agência Notícias do TJSE