Alerta navegador incompatível

AVISO: O Portal da Mulher não está homologado para esta versão deste navegador. Sugerimos as seguintes opções:    Internet Explorer (9+)     Chrome    Firefox      Safari

Portal da Mulher - TJSE

Seminário Tecendo a Rede discute combate à violência contra a mulher

O Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) abriu suas portas, na manhã e tarde desta sexta-feira, 18/08, para profissionais que atuam na rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher e estudantes universitários. O Seminário Tecendo a Rede, que teve como tema ‘Mulheres e suas Trajetórias’, encerrou a Semana da Justiça pela Paz em Casa, reforçando as ações do Agosto Lilás, mês de combate à violência contra a mulher.

O evento foi aberto pelo vice-presidente do TJSE, desembargador Gilson Felix dos Santos, que saudou as participantes logo após a apresentação da banda do Corpo de Bombeiros. A juíza coordenadora da Mulher do TJSE, Jumara Porto, explicou que a proposta do evento foi mostrar não apenas o problema da violência de gênero, mas o relato de mulheres que conseguiram superar as dificuldades. "Hoje é um dia de celebrar a mulher. Por isso é tão importante encher este auditório de mulheres de vários lugares do nosso Estado e de trajetórias de sucesso tão diferentes entre si, mas de igual importância para todas nós", afirmou a juíza.

Antes das palestras, a vereadora Marlene Alves de Farias (Marlene do Sindicato), do município de Porto da Folha (SE), apresentou seu relato de vida e de superação da violência doméstica sofrida. "Eu já passei por isso e por onde eu souber que tem alguém sendo violentada conclamo que a vítima denuncie. É uma luta incansável para conscientizar estas vítimas, que por vezes têm medo de serem mortas pelo agressor ou seguem se submetendo a vários tipos de violência por causa dos filhos", relatou a vereadora.

A magistrada Carolina Valadares Bitencourt, juíza titular da 2ª Vara Cível de Estância, foi uma das primeiras palestrantes e falou um pouco da sua trajetória no tema ‘Mulheres Empoderadas’. "Essas mulheres trazem suas vivências e situações de violência que a gente sequer sonha que aconteceram. Então eu fui convidada a palestrar, mas já me sinto transformada, com outro pensamento. É muito enriquecedor", relatou.

Para a deputada estadual Maísa Mitidieri é essencial debater o tema. "É sempre importante debater tudo o que envolve a mulher. Reunir tantas mulheres num seminário como esse que trata da violência, mas também da Saúde e das trajetórias destas mulheres é fundamental porque juntas conseguimos buscar soluções. É uma luta diária", reiterou a deputada estadual e procuradora especial da Mulher na Assembleia Legislativa de Sergipe.

"Nesse mês do Agosto Lilás, em que a sociedade é levada à reflexão para este contexto do enfrentamento à violência doméstica, familiar, de gênero, é muito importante o TJSE trazer estas histórias de vida de mulheres que atuam nesta frente de trabalho de mudança deste quadro. Todas as pessoas aqui presentes, especialmente as que trabalham na rede de proteção, podem se espelhar", celebrou a delegada Maira Mansuet Alcântara.

Tarde

A segunda etapa do seminário começou, por volta das 14 horas, com uma apresentação do Samba de Coco do Povoado Mussuca, de Laranjeiras (SE), berço dos grupos folclóricos em Sergipe. A primeira mesa de debates foi composta por Maria Eduarda Cruz Marques, assistente social e secretária da Astra – Direitos Humanos e Cidadania LGBT; a jornalista Laila Thaíse Batista de Oliveira, da Rede Mulheres Negras de Sergipe; e Jorge Moisés dos Santos Villas Boas, do Observatório Social e superintendente da Inclusão e da Cidadania da Secretaria Estadual da Assistência Social e da Cidadania de Sergipe.

“Acho muito importante quando falamos sobre questões de interseccionalidades, principalmente nessa diversidade de mulheres travestis, transexuais, lésbicas e bissexuais. Quando a gente entende a interseccionalidade, que se você for uma mulher trans, preta, a opressão da sociedade é ainda maior. Quando trazemos esse debate para um ambiente como o do Tribunal, conseguimos conscientizar mais mulheres para replicar nossa voz”, destacou Maria Eduarda.

A última mesa de debates do evento foi composta pela presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), desembargadora Íris Helena Medeiros Nogueira; pela desembargadora Ana Lúcia Freire de Almeida dos Anjos, presidente do Comitê de Gênero e Raça (Comeger) do TJSE; e a coronel Maristela Xavier dos Santos, subcomandante do Corpo de Bombeiros de Sergipe.

A desa. Ana Lúcia falou sobre sua infância, adolescência e como a trajetória de vida de cada pessoa começa com o sonho de ser feliz. Ela contou que foi estagiária de Direito no TJSE, trabalhando com a desa. Josefa Paixão, primeira mulher a ingressar na magistratura sergipana. “Felizmente, parece que nós, embora estando no Nordeste, com toda discriminação enraizada aqui nesse pequeno Estado, nosso Tribunal, e aqui estão colegas magistradas que podem dizer, não temos sofrido qualquer tipo de discriminação por ser mulher. Nunca sofri”, considerou.

Já a desa. gaúcha Íris Helena disse que o TJRS está na vanguarda de várias ações. “É simbólico termos neste evento a presença da primeira mulher eleita presidente da Corte gaúcha em 147 anos". Para ela, a violência contra a mulher pode ser combatida com a união dos tribunais. “Precisamos dar uma resposta. De proteção, de inibição, de diminuição deste delito que ocorre na maioria das vezes no âmbito doméstico. Coloco meu tribunal à disposição para vencermos esse desafio e a minha trajetória como exemplo e palavra de incentivo, de menina pobre do interior do Rio Grande do Sul que entrou na magistratura e chegou ao TJRS", salientou.

Por fim, a subcomandante do Corpo de Bombeiros de Sergipe lembrou que foram apresentadas durante o evento trajetórias femininas que inspiram outras mulheres. “Sabemos que no contexto atual, as mulheres enfrentam muitas dificuldades de alcançar postos de liderança. Depois de 102 de instituição, sou a primeira mulher a chegar ao último posto da corporação, como coronel, e atualmente como subcomandante-geral. É um desafio, mas muito me orgulha essa função”, apontou Maristela. O evento foi finalizado com apresentação da cantora Maraísa Figueiredo.

 

Texto/Matéria: Dircom TJSE

Fotografia: Raphael Faria TJSE

Planejamento Estratégico 2021/2026
Macrodesafio
FORTALECIMENTO DA RELAÇÃO INTERINSTITUCIONAL DO JUDICIÁRIO COM A SOCIEDADE
Macrodesafio
GARANTIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS