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Portal da Mulher - TJSE

Mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica passarão por cirurgias reparadoras

As Coordenadorias da Mulher e da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) reuniram diversos parceiros, na manhã desta sexta-feira, 07/07, para discutir a realização do Projeto Re-Construir. O objetivo é realizar cirurgias reparadoras em mulheres, adolescentes e crianças vítimas de violência doméstica que sejam partes em processos em andamento ou julgados, com lesão corporal grave e sequela física comprovada.

“Acredito que dia 14 de agosto assinaremos o termo de cooperação para o projeto-piloto na Presidência do Tribunal, com as Secretarias de Estado da Saúde e Ação Social, Ministério Público, Hospital Cirurgia e vários outros parceiros. No dia 19 de agosto já iniciaremos o atendimento desses pacientes no ambulatório e, em setembro, estão previstas as primeiras cirurgias”, explicou a juíza Jumara Porto, coordenadora da Mulher do TJSE.

O secretário de Estado da Saúde, Walter Pinheiro, participou da reunião. “Ter a iniciativa de devolver a essas pessoas sua autoestima, trazendo-as de volta à vida, em conjunto com todos que têm essa responsabilidade, é algo muito bacana. Mais do que isso, saímos daqui com encaminhamentos objetivos para que isso se concretize. Temos pela frente muito trabalho, mas que gratifica porque o impacto disso nos entusiasma para seguir com mais políticas públicas voltadas para saúde”, salientou o secretário.

Um levantamento prévio identificou cerca de 86 mulheres e 45 crianças com a necessidade de reparação estética através de cirurgias plásticas. Os primeiros procedimentos deverão ser realizados no Hospital Cirurgia. O diretor técnico do hospital, Rilton Morais, apresentou um plano de ação durante o encontro de hoje. “Apesar da gravidade de todas violências, a mutilação física gera não só a lesão plástica, mas também prejudica muito a autoestima da pessoa”, comentou o diretor.

Outro parceiro do projeto é a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que tem como representante em Sergipe o médico Márcio Xavier de Almeida Barreto. Nacionalmente, o projeto já está sendo desenvolvido em outros Estados. “Percebemos que é um projeto vencedor e com repercussão benéfica. Visa recuperar fisicamente, emocionalmente e psicologicamente essas pessoas vítimas de violência. Acredito que, antes de mais nada, é um exercício de cidadania e de bom uso do recurso público”, opinou o médico.

O cirurgião plástico informou ainda que, em Sergipe, o projeto deverá ser mais amplo que em outros locais onde já é desenvolvido. “Em alguns Estados se adotou um modelo de mutirão, no qual os cirurgiões plásticos viajam para realizar as cirurgias. Aqui, nós vamos montar um serviço em que os pacientes terão acompanhamento perene e que não se limitará ao cirurgião plástico, mas também outros profissionais, que vão compreender o que aquela vítima de violência precisa”, destacou Márcio Barreto.

 

Texto/Matéria: Dircom TJSE

Fotografia: Raphael Faria Dircom TJSE