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Portal da Mulher - TJSE

Judiciário prestigia inauguração do Centro de Referência de Atendimento à Mulher de Aracaju

Foi inaugurado, no final da tarde desta terça-feira, 21/11, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) do município de Aracaju. O presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, desembargador Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima, e a juíza Jumara Porto, coordenadora da Mulher do TJSE, participaram da inauguração. Com a implementação do serviço, destinado exclusivamente a vítimas de violência doméstica e familiar, Aracaju será uma das 42 cidades sergipanas a receber o Selo Município Amigo da Mulher.

“O Tribunal de Justiça, através da Coordenadoria da Mulher, tendo à frente a doutora Jumara Porto, tem feito um trabalho excepcional e hoje já são 42 cidades com Crams. O Poder Judiciário não poderia estar distante dessa triste realidade da violência contra a mulher e estamos recebendo o apoio das prefeituras para combater essa situação”, disse o presidente do TJSE.

Já a juíza Jumara Porto lembrou que os números relativos à violência contra a mulher ainda são alarmantes. “Apesar de todas as políticas públicas para tentar erradicar a violência doméstica, infelizmente só este mês, em Sergipe, já foram três mulheres assassinadas por pessoas que deveriam amá-las e não odiá-las. Então, precisamos cuidar disso com afinco para mudar essa realidade no nosso Estado”, destacou a magistrada.

O equipamento, que atenderá exclusivamente mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, é localizado à rua Campo do Brito, 109, no bairro São José. Chamado um serviço de porta aberta, qualquer mulher vítima poderá obter no local apoio psicológico, jurídico e social. Conforme Simone Passos, secretária da Assistência Social de Aracaju, o Cram já entra em funcionamento nesta quarta-feira, 22/11.

Até então, as mulheres vítimas de violência eram atendidas em quatro CREAS espalhados pela capital. “A mulher que for vítima de violência pode nos procurar que será atendida por uma equipe multidisciplinar. Aracaju, além do Cram, tem o atendimento do Abrigo Núbia Marques, tem o Plano Municipal de Atendimento à Mulher e o Protocolo Municipal de Atendimento à Mulher, todas ferramentas e equipamentos à disposição das mulheres para que possamos amenizar momentos de sofrimento”, destacou Simone.

“É um momento muito importante porque mostra a valorização da Prefeitura de Aracaju no sentido de colaborar no combate à violência contra a mulher e ao feminicídio. É uma política que temos adotado desde o início da nossa gestão. Há um crescimento absurdo de todo tipo de violência contra a mulher e é preciso que a gente combata isso de maneira muito efetiva”, enfatizou o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira.

Patrulha Maria da Penha

Um dos serviços que funcionará no Cram de Aracaju é a Patrulha Maria da Penha, que teve sua sede transferida do Parque da Cidade para o novo equipamento. A Patrulha, executada pela Guarda Municipal, começou a funcionar em 2019, através de um convênio com o TJSE, e acompanha mulheres vítimas de violência, residentes na capital, que são encaminhadas ao serviço pelo Poder Judiciário. “Nenhuma mulher acompanhada pela Patrulha Maria da Penha de Aracaju, até hoje, morreu vítima de feminicídio”, salientou Vileanne Brito, coordenadora Patrulha Maria da Penha de Aracaju.

Agora, funcionando no mesmo prédio que oferecerá outros serviços, ela acredita que a mulher vítima terá um acolhimento ainda melhor. “Antes essa mulher precisava ir em vários lugares diferentes para se sentir protegida e ter um suporte para iniciar a vida. E agora ela vai encontrar tudo aqui nesse espaço, tendo o apoio de todas os serviços aqui presentes”, considerou Vileanne.

Homenagem

O Cram inaugurado hoje em Aracaju recebeu o nome da assistente social Maria Otávia Gonçalves de Miranda, falecida recentemente. Ela começou a trabalhar na assistência municipal na década de 1970. A família compareceu à inauguração. “Minha mãe dedicou a vida toda à assistência social. Ela sempre via a mulher como o centro de atenções e tinha uma preocupação com toda essa violência. Com certeza, hoje no céu, está muito grata por essa inauguração”, apontou Fábio Miranda, médico e filho de Maria Otávia.