A Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) apresentou o Projeto Interior em Rede na Comarca de Cedro de São João, nesta sexta-feira, 19/10. Estiveram presentes integrantes das Secretarias Municipais de Saúde, Educação, Ação Social, Conselho Tutelar, Polícia e Ministério Público.
Conforme a Juíza da Comarca de Cedro, Juliana Nogueira Galvão Martins, conhecer os projetos da Coordenadoria da Mulher foi muito importante. “Eu estou muito feliz que a Coordenadoria da Mulher veio até aqui e queremos implementar gradativamente todos os projetos que nos foram apresentados, ativando a rede de proteção à mulher vítima de violência”, destacou a magistrada.
Para o assessor da magistrada, Antônio Augusto da Silva Netto, a junção da rede pode ressignificar a mulher como sujeito de direitos, contribuindo para o rompimento com o ciclo de violência. “Isso não depende só do Poder Judiciário, que aplica a lei, mas de toda a rede que transforma a mulher em alguém que não vai se sujeitar a um relacionamento abusivo. Além dos grupos reflexivos, que modificam o entendimento do homem agressor, possibilitando que ele não cometa novas agressões”, analisou Augusto.
A Juíza Iracy Mangueira, Coordenadora da Mulher do TJSE, informou que foram envolvidos seis municípios, sendo quatro da Comarcas de Cedro, com os distritos de Malhada dos Bois, São Francisco e Telha; e Neópolis, com Distrito de Japoatã. “Viemos aqui a convite da doutora Juliana e nos surpreendemos com a quantidade de pessoas que participaram e o interesse delas pelos nossos projetos”, enfatizou Shirley Leite, assistente social da Coordenadoria.
Na opinião do Promotor de Justiça da Comarca, Leydson Gadelha Moreira, o Projeto Interior em Rede tem um viés educativo. “Achei bastante interessante o projeto do Tribunal de Justiça porque tira o foco só da questão repressiva. Traz uma visão de ressocialização e mudança de comportamento do agressor”, comentou o Promotor.